Variação das frutas....


Foto: Divulgação
Banana e maçã são duas das frutas que estão no cotidiano de quase todo mundo que pratica esportes. A maioria das assessorias esportivas e provas fornecem essas frutas, que, obviamente, fazem bem ao organismo e são fáceis de ser ingeridas e transportadas durante uma pedalada. Mas a dieta do ciclista ou triatleta não pode ficar restrita a elas.

Acerola, açaí e maracujá são outras frutas que não podem ficar fora do cardápio. A acerola é riquíssima em vitamina C, importante proteção para diversas doenças e para os efeitos do envelhecimento. Porém, deve ser consumida sem exageros, pois chega a ter valores 80 vezes superior ao da laranja.

Por sua vez, o açaí é um poderoso antioxidante, que protege as células de danos, além de rico em fibras e ácido graxo. Alguns estudos apontam que essa fruta ajuda na redução dos riscos de doenças cardíacas e de câncer.

Já o maracujá não é apenas um calmante natural para dormir tranquilamente: também previne alguns tipos de câncer, além de possuir muita fibra, o que dá uma sensação de saciedade maior.

Gorduras
Mas, na hora de escolher uma fruta, preste atenção, pois algumas possuem uma quantidade considerável de gordura, entre elas o açaí, o abacate e o coco – este, com quase todas as calorias e gorduras concentradas na polpa. O açaí, tão consumido pelos ciclistas antes de um treino longo, ou de uma prova, é a fruta que mais possui carboidratos por 100 gramas. Ou seja, não é indicada caso você queira perder peso.

(Matéria publicada na revista VO2Max número 76 e 79, janeiro e abril de 2012)

Retrovisores para Bikes....


Foto: BicycleRearview
Alguns ciclistas urbanos estão usando pequenas câmeras de vídeo presas no canote ou no guidão para gravar suas pedaladas diárias, visando sua segurança. Agora fizeram um upgrade tecnológico ligando à câmera a um visor preso ao guidão, funcionando como um retrovisor.

O mais simples deles é o Bicycle Rearview Camera, da Hammacher. Funciona basicamente como um retrovisor, com um monitor de LCD de 3,5 polegadas, transmite a imagem de trás do ciclista, auxiliando na sua movimentação pela via. Possui leds para funcionamento durante a noite. O equipamento sai por $180 dolares.

Já o ciclocomputador Cerevellum Hindsight não só funciona como um retrovisor, mas grava 40 minutos em loop do trajeto. No quesito segurança é um grande avanço! Com preço mais salgado, sai por $299 dolares.

Esses retrovisores para bike teriam uma ótima aceitação dos ciclistas urbanos brasileiros, considerando o tráfego que enfrentam. Mas por esses valores não os veremos por aqui tão cedo.

Defenda sua pele e ganhe rendimento....

Foto: Ricardo Soares
Por Tadeu Matsunaga

As marcas de sol nas pernas e nos braços dos ciclistas são tão registradas quanto as pernas depiladas e a pulseirinha Livestrong. A exposição ao sol faz parte da rotina de quem pedala. Menos rotineiro, porém, é o uso de protetores solares. Apesar das advertências sobre os riscos para a saúde — pedalando, nossa pele costuma ser bombardeada por uma quantidade muito grande de raios ultravioleta, cujos efeitos são as rugas precoces, as manchas no rosto e nos braços e, em último casco, o câncer de pele —, o frasco de creme ou óleo com filtro solar ainda não é encarado como item básico pelos ciclistas, nem mesmo agora, com a chegada do verão. Aliás, não apenas pelos ciclistas. Uma pesquisa divulgada pelo Centers for Disease Control (Centro de Controle de Enfermidades) revelou que apenas 30% da população mundial utiliza protetor solar regularmente.

Mas, no caso dos atletas da bike, esse — vá lá — descuido é ainda mais preocupante, uma vez que ciclistas assíduos tendem a absorver até 20 vezes mais os raios ultravioletas ao longo da vida. Isso porque, nas estradas, geralmente não há árvores nem sombras naturais, o que praticamente o expõe ao sol o tempo todo. Daí a exigência de atenção redobrada nos passeios e competições ao ar livre.

Mas se o apelo da preocupação com a saúde não é suficiente para convencê-lo a correr com a proteção adequada, que tal pensar no assunto sob o aspecto do desempenho?. Você sabia que o atleta que fica exposto a altas temperaturas por muito tempo sofre uma considerável queda de rendimento? Segundo o dermatologista Adílson Costa, nessas condições a temperatura corporal começa a aumentar, provocando desgaste físico e uma série de sintomas. “Há possibilidade de tonturas, causadas pela desidratação, e dificuldades para respirar, além do risco de queimaduras, que geram um desconforto considerável”, adverte.

A exposição excessiva ao sol pode gerar tanto danos agudos (leia-se fotoenvelhecimento, ou aspecto envelhecido da pele nas mãos e pescoço, com manchas escuras ou claras, e o risco maior de infecções) como danos crônicos (rugas, flacidez e câncer de pele). Em 2010, na Volta de Portugal, os ciclistas responderam a um questionário elaborado pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC). O resultado mostrou que 78% dos atletas treinavam entre as 11 horas e às 17 horas, o chamado horário de pico do sol, e que 64% deles já haviam sofrido algum tipo de queimadura em decorrência dos treinos e competições.

O que fazer se o treinamento nesse período do dia faz parte da rotina dos atletas e andar de bicicleta pressupõe um contato muito próximo com o sol? Adílson Costa recomenda a escolha de um produto com Fator de Proteção Solar (FPS) no mínimo 30, que teoricamente multiplica por 30 a resistência ao sol da pessoa na qual ele é aplicado — ou seja, se você normalmente levaria cinco minutos para ficar com a pele avermelhada ao tomar sol, passará a levar duas horas e meia para se queimar da mesma forma, se estiver devidamente besuntado com um protetor desse tipo. “O valor do FPS se refere à defesa contra os raios UVB (mais relacionados ao câncer de pele) e contra os raios UVA, que causam envelhecimento precoce. A escolha do fator, no entanto, vai de acordo com necessidade do momento”, explica o dermatologista.


Como usar o protetor solar e outros cuidados básicos

— Aplique o protetor solar 30 minutos antes do treino ou da competição, para que a pele tenha o tempo adequado para assimilar o produto. O ideal é fazer isso antes de vestir a roupa e o capacete, protegendo, assim, as áreas que em um primeiro momento ficam cobertas, mas que podem ser expostas ao abrir o zíper da blusa, por exemplo. Mesmo assim, enfatize o uso do protetor no rosto, nos braços e nas pernas.

— Evite banhos quentes após os pedais sob sol forte. A água morna ou fria ajuda o corpo a voltar àa normalidade e alivia a pele. A aplicação de um bom hidratante corporal pós-banho também vai bem.

— Reaplique o protetor de duas em duas horas. O suor e o aumento da temperatura da pele, em muitos tipos de cremes, forçam a remoção precoce dos fotoprotetores. Se for esse o caso, antecipe a aplicação. Várias marcas já oferecem versões menos volumosas, o que facilita o transporte até no bolso da camisa.

— Dê preferência aos bonés e às camisas desenvolvidos com tramas enriquecidas por substâncias fotoprotetoras.
*Matéria publicada na edição #76 (janeiro) da VO2

Café da Manhã em Duas Rodas....




Foto: Divulgação
Por Tadeu Matsunaga

Entre muitos eventos que pretendem celebrar o Dia Mundial Sem Carro, que acontece no próximo dia 22 de setembro, a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo irá promover mais uma edição do “Café da Manhã do Ciclista”.

Quem pode participar? Todos aqueles que estiverem de bicicleta e decidirem passar pelo local, que será na Av. Eliseu de Almeida, na zona oeste da capital, com o café acontecendo mais precisamente na na Praça João Afonso de Sousa Castelano, das 7h às 11h da manhã.

Porém, a confraternização não tem apenas o objetivo de interagir os ciclistas, mas também reivindicar, em prol da comunidade local, as melhorias cicloviárias da região A ciclovia da Eliseu de Almeida/Pirajussara deveria existir, pelo menos, desde 2010.

Com o intuito de reforçar a necessidade de uma ciclovia no local, os participantes programaram para o mesmo dia um “Passeio pela Ciclovia da Eliseu, com a pedalada seguindo até a divisa com Taboão da Serra e retornando à Praça João Afonso de Souza Castelano.

A Semana da Mobilidade tem uma série de atividades programadas em São Paulo. Entre elas, já no domingo (23 de setembro), o Instituto CicloBR – organizador do Desafio Intermodal - realiza o Bicicromia, que reúne grafiteiros na Ciclovia da Marginal Pinheiros.

Para mais informações entre no site oficial da campanha Dia Mundial Sem Carro.

Imagem do Dia....


Pedale sem dor...




foto: Grahan Watson
Por Tadeu Matsunaga

Durante uma longa pedalada, algumas dores podem atormentar o ciclista, principalmente na região dos ombros, pescoço e costas, o que pode ser resultado de uma má postura em cima da bicicleta. Se estas dores forem constantes, recomenda-se realizar um bike-fit, que nada mais é que ajustar a sua bicicleta conforme as medidas de seu corpo.

Outra forma de minimizar estes incômodos é não aumentar o volume de sua pedalada de forma brusca, mas sempre gradual para que os seus músculos vão se acostumando com o tempo de treino. Caso contrário, as dores aparecerão e você também sofrerá com a falta de hábito de pedalar grandes distâncias.

Para evitar as dores no pescoço e nos ombros, procure manter a região sempre relaxada e sem tencionar os braços enquanto segura no guidão. Quando possível, tente sempre alongar o pescoço e os ombros. Varie um pouco sua posição na bike para que as costas não sofram com dores, como pedalar em pé ou sentado, mas com o corpo mais ereto.

Passeio Ciclístico - 22/09/2012


A bicicleta pede passagem...



Foto: Shutterstock
Por Tadeu Matsunaga

Na última segunda-feira (17 de setembro) foi lançada uma pesquisa de opinião sobre Mobilidade Urbana na cidade de São Paulo. A iniciativa partiu da Rede Nossa São Paulo e Instituto Ibope e trouxe referências interessantes sobre a posição dos moradores da capital paulista.

De acordo com a pesquisa, de cada dez moradores oito consideram a qualidade do trânsito paulistano ruim ou péssimo. Questionados sobre qual medida adotar, 65% dos entrevistados disseram que deixariam o carro em casa se outras opções, como transporte público e bicicleta, fossem viáveis. Quando o resultado incluiu apenas pessoas com nível superior o número sobe para 81%.

Em relação ao uso da bicicleta, um em cada quatro entrevistados afirmou usar a bicicleta “de vez em quando”, porém quando a faixa etária fica entre 16 e 24 quase metade das pessoas dizem fazer uso da bicicleta em alguns casos. Quando a opinião é direcionada aos jovens que utilizam a bike “todos os dias” ou “quase todos os dias”, esse número é de 7%.

Mas o que inibe o uso da bicicleta na capital paulista? A insegurança e a limitação no que diz respeito as condições de deslocamento. A sensação de desrespeito e o medo de algo ruim vir a acontecer é demonstrada por 75% dos entrevistados.

Dos que afirmaram nunca fazer uso da bicicleta, mais da metade, 63% disseram que não teriam dificuldades em aderir a “magrela” se houvessem melhores condições para isso. Entre esses, 34% disseram que o principal limitador é a falta de segurança, enquanto 27% traduziram essa insegurança na necessidade de ser criar ciclovias.

É interessante reforçar, principalmente próximo ao período de eleições, que 20% das pessoas consideram a construção de ciclovias uma das três principais medidas que a Prefeitura deveria adotar para melhorar a circulação na cidade, e 88% acreditam que exista necessidade de mais construções e ampliações daquelas já existentes.

Ou seja, um trânsito mais seguro e “racional’ para os ciclistas, aliado ao investimento na infraestrutura cicloviária, auxiliaria e incentivaria muito o uso da bicicleta.

Imagem do Dia...


Tony Martin conquista Mundial de CRI....


Foto: Graham Watson
Por Tadeu Matsunaga

O alemão Tony Martin conquistou o bicampeonato mundial de contrarrelógio. Um prêmio para ele que, em 2012, teve uma temporada marcada por inúmeros contratempos (leia-se atropelamento e quedas - sem falar nos furos de pneu). Sem dúvida está entre os maiores da modalidade dos últimos anos.

Sonhou em evoluir nas montanhas e fazer um top 10 no Tour de France, não aconteceu. Sem estar com 100% da sua condição física, desembarcou nos Jogos de Londres sem seu maior rival Fabian Cancellara, mas viu Bradley Wiggins ficar com a medalha de ouro. Restava o Campeonato Mundial da Holanda, e Martin renasceu.

O alemão defendeu seu título conquistado na temporada passada, tirou um peso de seus ombros e reafirmou seus status de um dos melhores do ProTeam na modalidade, ao lado de Cancellara, Wiggins e Taylor Phinney.

Porém, como o cenário de dramas e dificuldades cercou o contrarrelogista, nesta quarta-feira (19 de setembro) não poderia ser diferente. Martin perdeu ritmo nos quilômetros finais; não estando com 100% de suas condições, mas com forças suficientes para ficar com a camisa arco-íris ao superar o jovem americano Phinney em pouco mais de 5 segundos. Naquilo que pode ser considerado uma disputa particular, já que o terceiro colocado, Vasil Kiryienka, da Bielorrússia, terminou com 1min44s49 atrás do alemão.

Quem decepcionou foi o campeão da Vuelta a España, Alberto Contador. O espanhol cogitou lutar por uma medalha na crono, entretanto teve que se contentar com um discreto 9º lugar. Contador teve um início difícil, sem grande destaque, e completou o percurso em Valkemburg com 2min30s em relação ao bicampeão da prova.


Classificação
1 Tony Martin (Alemanha) 0:58:38.80
2 Taylor Phinney (Estados Unidos) 0:00:05.37
3 Vasil Kiryienka (Bielorrússia) 0:01:44.99
4 Tejay Van Garderen (Estados Unidos) 0:01:49.37
5 Fredrik Kessiakoff (Suécia) 0:01:50.56
6 Dmitriy Gruzdev (Cazaquistão) 0:01:56.44
7 Jan Barta (República Tcheca) 0:02:12.49
8 Alex Dowsett (Grã-Bretanha) 0:02:26.06
9 Alberto Contador Velasco (Espanha) 0:02:30.00
10 Adriano Malori (Itália) 0:02:40.54

Gel, goma ou solúvel? Ciclistas apontam as vantagens e desvantagens de cada um deles.....



Foto: Graham Watson
Por Tadeu Matsunaga

Ciclista que se preza não dispensa o uso de repositores de carboidrato. Por quê? Ora, consumida antes ou durante o pedal, essa fonte de energia aumenta a disposição para o treino e ameniza o cansaço, agindo como combustível nos tecidos, com o corpo armazenando-a em pequenas quantidades. Além disso, mantém os níveis de glicose na corrente sanguínea e melhora a oxidação dos carboidratos e gorduras e, consequentemente o desempenho do atleta — especialmente quando o esforço acumulado ultrapassa uma hora de duração.

No ciclismo, esses repositores de energia costumam ser usados nas formas de gel, goma e pó solúvel. O difícil é saber qual a melhor escolha no que diz respeito à absorção pelo organismo. Que critérios seguir?

“O que devemos considerar, prioritariamente, é o índice glicêmico (IG), que é o que vai influenciar o tempo de absorção desses carboidratos”, explica a nutricionista Juliana Pansardi. “Normalmente, a indicação de uso para esses produtos é de 30-60 g/hora, em atividades com duração superior a uma hora. Já em atividades intensas, que ultrapassam o período de duas horas, a ingestão deve ser feita num intervalo de 15 a 30 minutos”, recomenda ela.

Mas se o uso desses suplementos traz benefícios, também embute o risco dos excessos. “Nada em excesso faz bem ao organismo, e com os carboidratos não é diferente”, diz a nutricionista Juliana Neves. “A concentração de diluição faz diferença na hora dos treinos ou da prova. Isso pode gerar um efeito reverso e até mesmo atrapalhar o rendimento do ciclista, em vez de melhorar”, alerta.

O fato de os carboidratos serem essenciais para o exercício, num limite de quatro horas, também não significa que eles devem ser consumidos apenas na forma de suplementos durante os treinos. “É fundamental que se faça um balanço desse nutriente durante as 24 horas do dia. Se sentir que o corpo evolui nos treinos e que exige doses cada vez maiores desses suplementos, é necessário recorrer à alimentação natural também”, afirma a nutricionista. Eles estão nas massas, no arroz, no feijão, na batata, no milho e no pão, entre outros. Mas cuidado para não exagerar, para o feitiço não virar contra o feiticeiro.


CONTRAINDICAÇÃO

O consumo de carboidratos está liberado de forma quase irrestrita para os atletas. Porém, há algumas exceções. Obesos e diabéticos devem consultar um nutricionista do esporte para saber quando recorrer aos repositores desse nutriente. Para isso, o especialista deve analisar a duração e o tipo de treinamento. Vale lembrar que tanto os géis como as gomas e os solúveis possuem alto índice glicêmico.

O QUE ELES ACHAM?

Cristian Egídio da Rosa (ciclista da equipe de Ribeirão Preto)

“No pelotão, usamos muito mais o gel e o solúvel. Os dois são bem-vindos de uma forma geral, mas acredito que o gel seja mais eficiente, embora o solúvel também hidrate legal, além de dar energia.”

GÉIS:
Prós:
Eficiência: são mais facilmente assimilados pelo organismo, pelo fato de serem mais concentrados. Ou seja, o atleta sente os efeitos da ingestão mais rapidamente.
Manuseio: são portáteis e de fácil manuseio durante as provas, e praticidade é a palavra-chave em uma competição de ciclismo.

Contra:
Básico: não tem a mesma eficiência do pó solúvel, que ao mesmo tempo em que fornece energia hidrata o corpo de maneira efetiva.
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Teo Grandi (ciclista diletante na Itália)
“Quando se tem uma queda muito grande de açúcar no sangue (crises de fome), a goma realça muito bem. A tendência, porém, é que o efeito passe nos próximos 20 quilômetros, o que reflete numa piora do ciclista.”

GOMA
Prós:
Uma escolha econômica: cada pacote vem com dezenas de gomas, o que gera uma economia e permite que o ciclista consuma em punhados.
Não é tão doce: apesar de ter açúcar na fórmula, a goma não é tão doce como o gel, o que elimina a necessidade de tomar água para reverter o sabor que fica.

Contras:
Desce difícil: o tempo necessário para se digerir uma goma, em média, é de 3 minutos. Como o ciclista precisa repor os carboidratos rapidamente, a tendência é que ingira várias de uma só vez, o que forma um “bolo” e dificulta a ingestão.
Risco de engasgar: como os ciclistas costumam usar um bom punhado de gomas de uma única vez, o risco de ficarem entaladas na garganta é grande.

Tiego Gasparotto (ciclista da FW-Engenharia, do Rio de Janeiro)
“O solúvel é muito bem-aceito, mas perdeu um pouco de espaço com a chegada do gel. Hoje, muitos optam por eles no pós-treino em vez de utilizarem ao longo da prova.”

PÓ SOLÚVEL
Prós:
Hidrata: pelo fato de ser misturado com água, não apenas é uma fonte de carboidrato como hidrata o organismo.
Completo: no caso dos top de linha, oferecem praticamente tudo ao ciclista: proteínas, vitaminas, carboidratos.

Contra:
Não se pode exagerar: tomar a mistura de forma excessiva pode gerar indisposição e mal-estar.
Olho na temperatura: tomar solúvel quente contribui para a queda de rendimento do ciclista — mesmo que ele tenha os nutrientes, a sensação é que não sacia.
 
**Reportagem publicada na revista VO2Max, edição 79, de abril de ano 2012.

Copa do Mundo de BMX Supercross.....


Foto: Graham Watson
Por Tadeu Matsunaga

No último final de semana (15 e 16 de setembro) foi realizada a última etapa da Copa do Mundo de BMX Supercross em Abbotsford, no Canadá. Apesar de não conquistarem a vitória na última etapa da competição, o título no geral ficou com os australianos Sam Willoughby e Caroline Buchanan.

Já a vitória da etapa ficou com o holandês Twan van Gendt, no masculino. A prova contou com a participação do brasileiro Renato Rezende, que já tem em seu currículo uma vitória em etapa de Copa do Mundo. Rezende, no entanto, foi eliminado nas quartas de final. No feminino, o título ficou com Laura Smulders.

Tumulto na última etapa

Na largada da grande final, cinco dos oito sofreram uma queda na pista, o que facilitou o caminho para a vitória de Van Gendt sobre Sam Willoughby e por Brian Kirkham. No feminino, Laura Smulders nem mesmo completou a última bateria, mas sua confortável vantagem permitiu a ela comemorar o campeonato.

Máquinas ....


Fotos do Treino de Sexta-Feira - 07/09/2012...

Treino de Sexta-Feira.. 60 km - Buritama até Monções...
Com os Ciclistas: Leandro, Junior, Tales, Jherold, Maisa, Robinson, Neuseli (Campinas)....

Clique na Imagem para Ver as Fotos.

9 dicas para não perder o gás no final de uma prova ou treino....





Foto: Shutterstock
Por Redação

Como qualquer carro, o corpo humano também precisa de combustível para se movimentar. Nas competições automobilísticas, é comum ver o abandono por causa da chamada "pane seca". No ciclismo, o abandono ou mau desempenho por causa da fome é chamado de "prego de fome".

Vale lembrar que de nada adianta "encher o tanque" e começar a treinar, mas que o importante é você não treinar de estômago vazio. Saiba dosar a quantidade de alimento ingerido para também não se sentir pesado durante o treino. Não precisa acordar duas horas mais cedo para tomar café da manhã, mas vá pedalar em jejum. Após o treino sim, faça uma refeição mais completa.

Dicas para não se sentir "prego"

- Alimente-se bem antes, durante e depois do treino ou da prova;

- Procure ingerir alimentos com bastante carboidrato, como massas;

- Não basta se alimentar bem apenas algumas horas antes de uma prova ou treinamento. Fique atento à sua alimentação dois ou três dias antes da competição;

- Beba bastante líquido durante a pedalada;

- Carboidrato em pó, como a maltodextrina, ajuda o corpo a repor rapidamente o açúcar gasto durante o exercício;

- Nos treinos ou provas com mais de uma hora de duração, procure comer algo para não sentir o estômago vazio;

- Saiba dosar a quantidade de alimento ingerido. O estômago cheio também pode causar desconforto;

- Saiba quanto e em que intensidade você pode pedalar;

- Fique atento às condições climáticas.

Os benefícios da bicicleta,....




Foto: Shutterstock
Por Tadeu Matsunaga

O ciclismo ou o tradicional passeio ciclístico aos finais de semana produzem efeitos em quase todo o corpo humano. Pode ajudar a melhorar a disposição sexual e o sistema imunológico. A falta de exercício leva a uma perda gradativa de resistência e força nos ossos. Na verdade, a atividade física é quase a única possibilidade de desenvolvimento para o esqueleto.

A bicicleta é um excelente estímulo nesse sentido, já que trabalha o corpo todo – pernas, troncos e braços – e permite a manutenção de uma estrutura óssea saudável. Um dos seus efeitos é o fortalecimento da rede do esqueleto inteiro, das ligações entre os ossos. Também pode levar ao aumento da massa óssea e a melhores ajustes nas cartilagens e articulações, influenciando também na musculatura dos tendões e ligamentos diversos.

O site Transporte Ativo listou uma lista com as vantagens que a bicicleta pode oferecer.

Os benefícios à saúde

- traz benefícios já nos dez primeiros minutos: melhora as articulações
- O exercício trabalha os músculos do abdômen e torneia as pernas. Em dois meses, pedalando todo o dia, a força das pernas aumenta, em média, 26%.
- Dentro de certa intensidade (de 65% a 85% da freq. cardíaca máxima) estimula a queima de gordura de forma eficiente, diminuindo o risco de lesão nos joelhos, tornozelo ou coluna causados pelo impacto de uma corrida, por exemplo, em pessoas acima do peso.
- Melhora do sistema imunológico, prevenindo e reduzindo efeitos das doenças
- Ajuda na prevenção da osteoporose, pois melhora a circulação do sangue, melhora a musculatura de membros inferiores e otimiza a absorção do cálcio pelos ossos
- Reduz problemas circulatórios e respiratórios
- Controla a glicemia no sangue (no caso dos diabéticos)
- Melhora a sua disposição. Prática regular da pedalada reduz o estresse, a depressão e a ansiedade
- Ajuda ainda na regularização do sono e, consequentemente, um melhor desempenho intelectual e maior equilíbrio emocional

- Acerte os ponteiros com sua bicicleta

10minutos – melhor as articulações
20minutos – reforça o sistema imunitário
30minutos – melhora o nível cardiovascular
40minutos – aumenta a capacidade respiratória
50minutos – acelera o metabolismo
60minutos – promove o controle do peso, antiestresse e bem-estar geral

Imagem do Dia ...


Happy Birthday, Lance!





Foto: Graham Watson
Por Tadeu Matsunaga

Nesta terça-feira (18 de setembro) um dos maiores ícones do ciclismo mundial celebra seu 41º aniversário de vida: Lance Armstrong. O norte-americano, nascido no Texas, somando-se os tempos de Junior, competiu por duas décadas e tem dois feitos ao longo da vida, o fato de sobreviver a um câncer no testículo e os sete títulos conquistados no Tour de France, entre 99 e 2005.

Enquanto no ProTour, Armstrong protagonizou duelos memoráveis com grandes nomes do esporte como o ‘Pirata” Marco Pantani e Jan Ulrich, no lado pessoal – após sobreviver ao câncer – criou a Livestrong, que hoje é uma das principais instituições dos Estados Unidos na luta, arrecadando mais de 325 milhões de dólares apenas com a venda das tradicionais pulseiras amarelas.

Em 2005, anunciou sua aposentadoria do esporte. O que já havia sido antecipado antes mesmo de assegurar sua sétima camisa amarela. Uma despedida em alto nível daquele que, certamente, já estava entre os maiores não apenas de uma geração, mas de décadas e décadas no ciclismo.

Retornou em 2009 (o anuncio foi feito em setembro de 2008), dessa vez pela equipe Astana e se deparou com um novo rival: o espanhol Alberto Contador. O jogo de egos era tamanho que o time cazaque se dividiu em duas partes: os pró-Contador e os pró-Armstrong, o que gerou um desconforto quase que incontrolável na esquadra. O ataque e título de Contador no Tour fez com que Lance buscasse alternativas, apesar de terminar em 3º na França naquele ano.

Ao lado de Johan Bruyneel fundou a RadioShack onde competiu até o início de 2011. Sem o mesmo brilho dos anos de ouro, mas com uma personalidade inquestionável – apesar dos inúmeros boatos ligando seu nome ao doping – Lance abandonou definitivamente a elite no Tour Down Under, na Austrália, e passou a se dedicar a Livestrong, além de realizar provas amadoras – a maioria delas voltada para o triathlon, onde iniciou sua carreira esportiva antes de migrar para o ciclismo.

Triathlon
Armstrong fez seu retorno ao triathlon no Ironman 70.3 Panamá, em 12 de fevereiro de 2012. Ele correu na categoria Profissional, terminando com um tempo de 3h50min55s, ficando na segunda posição. Também competiu em sua terra natal, no 70.3 do Texas – onde foi sétimo – e em St.Croiz, ficando com a terceira posição. Mostrando a mesma competitividade dos tempos do ciclismo, venceu na Flórida e no Hawaii. Quando se preparava para o Ironman na França, em uma tentativa de se qualificar para o Campeonato Mundial de Ironman 2012, em Kona (Hawaii ), viu seu nome, mais uma vez, envolvido com o doping.

USADA e banimento

Em junho de 2012, a Agência dos Estados Unidos Antidoping (Usada) acusou Armstrong de maneira oficial por uso de doping, com base com base em amostras de sangue de 2009 e 2010, e testemunhos de outros ciclistas. A maioria ex-companheiros de Lance, que negou a todo o momento o uso de substâncias proibidas – EPO e esteroides, assim como transfusão de sangue. Essa última desde 1996. Previamente, Lance foi suspenso do ciclismo e do triathlon.

Em 9 de julho, o norte-americano entrou com uma ação no tribunal federal em Austin, Texas, contra a USADA, mas sua ação foi negada pelo juiz local. Na sequência, a USADA confirmou que seus sete títulos no Tour, entre outros triunfos, estavam caçados até que provasse sua inocência. Durante o processo, além de ex-companheiros, médicos ligados a Armstrong também tiveram seus nomes ligados ao doping: Luis Garcia del Moral , Michele Ferrari e José "Pepe" Marti, este último foi treinador de Lance.

Armstrong afirmou que USADA não tinha jurisdição para lhe tomar os títulos na França e que seus direitos estavam sendo violados, porém com o aval da WADA (Agência Mundial Antidoping) a situação tornou-se insustentável. E nem mesmo a UCI (União Ciclística Internacional) se posicionou no caso, sendo inclusive acusada de compactuar com o norte-americano.

Com um prazo para apresentar provas em sua defesa, Armstrong, embora publicamente dizendo ser inocente, decidiu não contestar as acusações USADA, ficando assim proibidio de competir oficialmente em qualquer prova de triathlon e ciclismo, ou qualquer outro esporte chefiado pela WADA. Por fim, a Federação de Ciclismo francês exige o reembolso das premiações do Tour, que gira em torno de 4 milhões de dólares.